Vai ou não vai ter DVD? Eis a questão!

Cantora faz um balanço de vendas de CDs e conclui que é um momento de forte crise na música internacional.

Reprodução: Imagem do clipe Viveme  / Facebook da cantora.

Na última quinta-feira (30 de janeiro) a cantora Ivete Sangalo, recentemente confirmada no show de Laura Pausini em Nova Iorque, revelou ao canal Multishow que participaria da gravação do DVD de Laura. E nessa sexta-feira, a cantora através de seu staff foi enfática em dizer que não haverá DVD. Porém pode não ser bem assim.

Reprodução: Facebook da cantora.
O fato já vem de longa data, a gravadora aparenta dificuldades financeiras por causa da pirataria. Apesar de a Warner Music ser um dos maiores grupos discográficos (senão o maior), parece que nem mesmo eles ficaram ilesos da crise musical do século XXI. E dessa vez a situação parece mais grave, além de ter havido cortes de verba para produção do mais recente CD de Laura, a cantora teve que promover recentemente uma espécie de petição online, para que a gravadora liberasse a produção do DVD no Madison Square Garden em NY.
Em recente entrevista concedida à Analía Melgar, do Jornal Argentino Perfil, a cantora desabafa: "É uma situação econômica muito difícil. Eu acho que em alguns anos as gravadoras vão fechar. Sinto muito, mas é verdade. Eu sou a número 1 na Itália desde novembro, e eu só vendi cem mil cópias. Cinco anos atrás, eu teria vendido 500 mil. Eu fui nomeada a artista feminina mais baixada ilegalmente na Europa e no terceiro do mundo. Eu uso as tournées, não para ganhar dinheiro, mas para promover a minha música, por isso eu sempre gasto dinheiro em tour ao invés de ganhar. Mas o que fazer? Eu sou teimosa, eu tenho um problema com o meu signo, Touro. Eu não quero ir com dois músicos e três luzes. No momento eu tenho a sorte de fazer da forma que quero."
E não é a primeira vez que a cantora se manifesta com franqueza acerca do assunto, logo no início do ano em entrevista ao jornal Brasileiro Último Segundo, a cantora disse sentir que a música vive o pior momento: “Minha gravadora, a Warner Music, não me dá mais dinheiro para quase nada. Para este meu último disco, ela meu deu 1 milhão de euros para gravar oito faixas. No total gravei 28, imagine o quanto gastei para ter o que eu queria. Hoje não deixam mais você trazer o melhor profissional de som para te ajudar, temos que fazer com os que já estão por lá. Também não consigo mais fazer shows em países como Portugal e Finlândia, onde tenho muitos fãs, porque a Warner não tem mais escritórios por lá. Está muito difícil ser músico, e olha que eu tenho um dos maiores escritórios do mundo.”. Ainda no mesmo jornal a cantora conclui: “Ninguém mais está investindo em música, nem em novos cantores. É quase impossível, hoje, um jovem sem dinheiro querer se lançar no mercado musical.”
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Por enquanto, nos resta apenas aguardar o desenrolar da história, e torcer (e pedir a Warner) para que a gravadora libere a produção do material,  afinal, não é todo dia que se comemora 20 anos de carreira!

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