Laura Pausini: "É importante transmitir mensagens positivas em um momento de crise"
Tradução de entrevista à revista Europa Press em Madrid.
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A cantora Laura Pausini retorna à Espanha após dois anos afastada do mundo da música para dedicar-se a sua família. O próximo mês de Abril, a italiana vai se apresentar em shows de seu novo álbum em Madrid e Barcelona, 20 e 21 de Abril.
Um álbum sobre amor e desgosto, e todas as emoções que a cantora viveu dois anos com sua família, como seus álbuns são "autobiográfico", como ela nos disse.
Aos 37 anos de idade e muito amor com seu parceiro e guitarrista Paolo Carta, que tem compartilhado sete anos de sua vida, Laura não pensou em casar ou ter filhos, pelo menos este ano. E que está submersa em uma turnê mundial que a irá manter muito ocupada até 31 de Dezembro.
- Você está muito feliz em desembarcar na Espanha com sua turnê próximo mês de Abril?
- Sim, há dois anos que não faço um concerto na Espanha. Estou muito animada para voltar a cantar na Espanha e apresentar o meu novo álbum e muitas das músicas que tocaram minha carreira.
- Como você se sente quando você vem?
- Muito feliz, é uma terra que eu amo e que me permitiu aprender um novo idioma. Quando eu escrevo eu faço em espanhol e é como minha segunda língua natural.
- Como te acolhe o público espanhol?
- Sinto-me amada cada vez que eu venho à Espanha. Estive recentemente em Tenerife, recebendo o prêmio Cadena Dial e quando cantei uma canção as pessoas começaram a cantar comigo sendo que a música foi tocada apenas dois dias antes no rádio. Isso me deixou arrepiada.
- O que você mais gosta nos Espanhois?
- Eu me sinto muito confortável e protegida, quando eu falo com um espanhol.
- Qual é a mensagem de 'inédito', seu novo álbum?
- "Inédito" é o que eu vivi nos últimos dois anos, sem viajar e no lugar onde eu nasci e onde tinha 20 anos sem ir. Necessitava voltar às minhas raízes e isso me ajudou a refletir. A primeira música "Benvenido", é uma canção dedicada a pessoas verdadeiras e a liberdade de expressão. A canção é muito positivo e com uma mensagem muito energética. Eu acho que é muito importante mensagens positivas em um momento de crise como a que vivemos.
- Como a crise afetou você?
- Eu vivo com pessoas como a minha família ou meus amigos que realmente foram afetados. Na verdade, eu me considero muito sortuda porque tenho um trabalho que eu amo: viajar pelo mundo e um nível econômico que eu não posso reclamar. Embora eu tenha que dizer que eu vivo sozinha e cada dia eu percebo a dificuldade no mundo agora.
- A quem é dedicado o álbum?
- O álbum é dedicado ao meu melhor amigo que infelizmente faleceu no ano passado por um tumor.
- Então estes últimos dois anos têm sido dedicado a sua família...
- Sim, eu estava com minha mãe, o principal motivo da parada. Ela sempre quis estar ao meu lado nos dois anos que tive com ela. Eu dormia no meu quarto como quando eu tinha 12 anos. Deu-me grande força e grande ternura.
- Você gostaria de ter feito antes desta pausa?
- Sim, foi muito importante. Certamente teria sido melhor antes, mas eu queria recuperar agora e minha família me ajudou a viver de uma forma muito bonita.
- 'Inédito', fala mais de amor ou desgosto?
- Uma mistura do que eu aprendi quando eu passei pela dor, raiva e me apaixonei novamente.
- Você compõe conforme se sente no momento?
- Sim, eu tenho feito isso desde o primeiro álbum. Todos os discos já elaborados são autobiográficos e permanecerão assim. Eu escrevo o que eu vivo e o que eu gosto de viver. Eu nunca escrevi nada que não senti.
- Se você fosse escrever agora, como seriam suas canções?
- Seriam canções dedicados em como em um segundo nossa vida pode mudar e que somos nós mesmos que controlamos o nosso destino.
- Poderíamos dizer que suas músicas são de amor porque você está apaixonado...
- Sim, mas acho que todas as músicas falam de amor. Quando você pensa que conhece bem, você percebe que ainda não aprendeu tudo dessa palavra. Não só entre um homem e uma mulher, ou uma relação, é uma palavra muito complicada.
- Existe uma canção dedicada a Paolo?
- No último disco não há nenhuma dedicada a ele, mas muitas escrevemos juntos. Paolo e eu particularmente gostamos de algumas músicas que criamos em momentos privados de nossa vida a dois. Paolo me conhece muito bem e conhece os meus sentimentos e os meus pensamentos. Ele escreve música e eu a letra.
- a musica une muito vocês...
- Sim, na verdade eu conheci ele no palco.
- Como vocês fazem pra passar tanto tempo juntos?
- Estar juntos e trabalhar juntos é maravilhoso, mas difícil. Somos duas pessoas muito diferentes em caráter, mas às vezes essa diferença ajuda a complementar o outro. Nos completamos quando estamos juntos, então quando estamos separados nos queremos.
- Quantos anos vocês estão juntos?
- Acabamos de fazer sete.
- Você não pensou em se casar?
- Até agora não pensei em me casar. Paolo é divorciado. Além disso, sendo tantos anos vivendo juntos é como se estivéssemos casados, no momento nós não precisamos de um papel.
- Então fale sobre crianças...
- Pensar em ter um filho este ano é praticamente impossível. O último dia da tour é 31 de Dezembro e quando eu me envolvo em algo, eu prefiro não mudar meus planos.
- O que você vai fazer quando terminar a turnê?
- Posso parar por um ano e depois voltar. Esta é a primeira vez na minha vida que eu não quero planejar o que será o meu futuro. O que eu aprendi nestes dois últimos anos com a minha família é que não é bom programar as coisas. Se eu precisar após a turnê voltar ao encontro deles, provavelmente o farei.
- Com o que você gasta seu tempo livre?
- Dedico meu tempo livre passeando com os filhos de minha irmã que são gêmeos e sempre que posso vou vê-los.
- Você tem algum hobby? Existe um esporte que você goste?
- Sempre odiei esportes, mas agora com os meus bailarinos comecei a gostar de dança e a me divertir fazendo isso que também me mantém em forma. Por outro lado, sempre que tenho um dia de folga eu adoro caminhar, ler um livro, ou ver amigos que vejo muito pouco.
- Você tem um segredo guardado?
- Não guardo tão bem, embora eu tenha a sorte de ter uma pele ótima, graças a minha mãe. Eu tenho 37 anos e é muito raro, mas não tenho rugas. Eu não sou uma obcecada com cremes e tratamentos. Não fumo, não bebo, eu durmo muito e acho que me ajuda muito.
- Você se vê envelhecendo no palco?
- Sim, eu adoro isso. Seria um privilégio. É muito difícil de fazer, poucas pessoas têm a sorte de fazê-lo.
- Se você não trabalhasse com música, a que você se dedicaria?
- Eu não sei, me sinto muito perdida. Eu não acho que eu nasci para ser outra coisa, senão a música.
Um álbum sobre amor e desgosto, e todas as emoções que a cantora viveu dois anos com sua família, como seus álbuns são "autobiográfico", como ela nos disse.
Aos 37 anos de idade e muito amor com seu parceiro e guitarrista Paolo Carta, que tem compartilhado sete anos de sua vida, Laura não pensou em casar ou ter filhos, pelo menos este ano. E que está submersa em uma turnê mundial que a irá manter muito ocupada até 31 de Dezembro.
- Você está muito feliz em desembarcar na Espanha com sua turnê próximo mês de Abril?
- Sim, há dois anos que não faço um concerto na Espanha. Estou muito animada para voltar a cantar na Espanha e apresentar o meu novo álbum e muitas das músicas que tocaram minha carreira.
- Como você se sente quando você vem?
- Muito feliz, é uma terra que eu amo e que me permitiu aprender um novo idioma. Quando eu escrevo eu faço em espanhol e é como minha segunda língua natural.
- Como te acolhe o público espanhol?
- Sinto-me amada cada vez que eu venho à Espanha. Estive recentemente em Tenerife, recebendo o prêmio Cadena Dial e quando cantei uma canção as pessoas começaram a cantar comigo sendo que a música foi tocada apenas dois dias antes no rádio. Isso me deixou arrepiada.
- O que você mais gosta nos Espanhois?
- Eu me sinto muito confortável e protegida, quando eu falo com um espanhol.
- Qual é a mensagem de 'inédito', seu novo álbum?
- "Inédito" é o que eu vivi nos últimos dois anos, sem viajar e no lugar onde eu nasci e onde tinha 20 anos sem ir. Necessitava voltar às minhas raízes e isso me ajudou a refletir. A primeira música "Benvenido", é uma canção dedicada a pessoas verdadeiras e a liberdade de expressão. A canção é muito positivo e com uma mensagem muito energética. Eu acho que é muito importante mensagens positivas em um momento de crise como a que vivemos.
- Como a crise afetou você?
- Eu vivo com pessoas como a minha família ou meus amigos que realmente foram afetados. Na verdade, eu me considero muito sortuda porque tenho um trabalho que eu amo: viajar pelo mundo e um nível econômico que eu não posso reclamar. Embora eu tenha que dizer que eu vivo sozinha e cada dia eu percebo a dificuldade no mundo agora.
- A quem é dedicado o álbum?
- O álbum é dedicado ao meu melhor amigo que infelizmente faleceu no ano passado por um tumor.
- Então estes últimos dois anos têm sido dedicado a sua família...
- Sim, eu estava com minha mãe, o principal motivo da parada. Ela sempre quis estar ao meu lado nos dois anos que tive com ela. Eu dormia no meu quarto como quando eu tinha 12 anos. Deu-me grande força e grande ternura.
- Você gostaria de ter feito antes desta pausa?
- Sim, foi muito importante. Certamente teria sido melhor antes, mas eu queria recuperar agora e minha família me ajudou a viver de uma forma muito bonita.
- 'Inédito', fala mais de amor ou desgosto?
- Uma mistura do que eu aprendi quando eu passei pela dor, raiva e me apaixonei novamente.
- Você compõe conforme se sente no momento?
- Sim, eu tenho feito isso desde o primeiro álbum. Todos os discos já elaborados são autobiográficos e permanecerão assim. Eu escrevo o que eu vivo e o que eu gosto de viver. Eu nunca escrevi nada que não senti.
- Se você fosse escrever agora, como seriam suas canções?
- Seriam canções dedicados em como em um segundo nossa vida pode mudar e que somos nós mesmos que controlamos o nosso destino.
- Poderíamos dizer que suas músicas são de amor porque você está apaixonado...
- Sim, mas acho que todas as músicas falam de amor. Quando você pensa que conhece bem, você percebe que ainda não aprendeu tudo dessa palavra. Não só entre um homem e uma mulher, ou uma relação, é uma palavra muito complicada.
- Existe uma canção dedicada a Paolo?
- No último disco não há nenhuma dedicada a ele, mas muitas escrevemos juntos. Paolo e eu particularmente gostamos de algumas músicas que criamos em momentos privados de nossa vida a dois. Paolo me conhece muito bem e conhece os meus sentimentos e os meus pensamentos. Ele escreve música e eu a letra.
- a musica une muito vocês...
- Sim, na verdade eu conheci ele no palco.
- Como vocês fazem pra passar tanto tempo juntos?
- Estar juntos e trabalhar juntos é maravilhoso, mas difícil. Somos duas pessoas muito diferentes em caráter, mas às vezes essa diferença ajuda a complementar o outro. Nos completamos quando estamos juntos, então quando estamos separados nos queremos.
- Quantos anos vocês estão juntos?
- Acabamos de fazer sete.
- Você não pensou em se casar?
- Até agora não pensei em me casar. Paolo é divorciado. Além disso, sendo tantos anos vivendo juntos é como se estivéssemos casados, no momento nós não precisamos de um papel.
- Então fale sobre crianças...
- Pensar em ter um filho este ano é praticamente impossível. O último dia da tour é 31 de Dezembro e quando eu me envolvo em algo, eu prefiro não mudar meus planos.
- O que você vai fazer quando terminar a turnê?
- Posso parar por um ano e depois voltar. Esta é a primeira vez na minha vida que eu não quero planejar o que será o meu futuro. O que eu aprendi nestes dois últimos anos com a minha família é que não é bom programar as coisas. Se eu precisar após a turnê voltar ao encontro deles, provavelmente o farei.
- Com o que você gasta seu tempo livre?
- Dedico meu tempo livre passeando com os filhos de minha irmã que são gêmeos e sempre que posso vou vê-los.
- Você tem algum hobby? Existe um esporte que você goste?
- Sempre odiei esportes, mas agora com os meus bailarinos comecei a gostar de dança e a me divertir fazendo isso que também me mantém em forma. Por outro lado, sempre que tenho um dia de folga eu adoro caminhar, ler um livro, ou ver amigos que vejo muito pouco.
- Você tem um segredo guardado?
- Não guardo tão bem, embora eu tenha a sorte de ter uma pele ótima, graças a minha mãe. Eu tenho 37 anos e é muito raro, mas não tenho rugas. Eu não sou uma obcecada com cremes e tratamentos. Não fumo, não bebo, eu durmo muito e acho que me ajuda muito.
- Você se vê envelhecendo no palco?
- Sim, eu adoro isso. Seria um privilégio. É muito difícil de fazer, poucas pessoas têm a sorte de fazê-lo.
- Se você não trabalhasse com música, a que você se dedicaria?
- Eu não sei, me sinto muito perdida. Eu não acho que eu nasci para ser outra coisa, senão a música.
Matéria: Gisela Oliva (Europa Press)
Adaptação: Thiago Freitas
Tags:
Matérias
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