Laura Pausini em tour: sobre um palco com efeitos especiais


Tradução da matéria do Corriere della Sera.

RIMINI - todos olhando para cima para ver Laura Pausini que balança no ar. O efeito 'wow' é garantido pela saia de um tecido com uma cascata de luzes LED que se desenrola ao longo de 4 metros. É a surpresa final, em "Invece No", da Inedito World Tour: no domingo, houve uma pré-visualização em Rimini para o fã-clube, quinta-feira em Milão, primeira de 120 datas em 12 meses, incluindo o Natal em Milão (com Irene Grandi) e Ano Novo em Roma (uma hora a mais de dança dos anos 70 com a Síria e Paola & Chiara).

A voz está sempre lá. Continua a ser Protagonista. Mas em torno disso, a Pausini construiu um verdadeiro espetáculo. O palco é inspirado no barroco de Bernini: um templo com quatro colunas impressionantes vão em direção à tela gigante que fecha a cena. Citações de Pink Floyd (a lua que voa sobre a platéia durante "Tra te e il mare"), outras citações do cinema, com altas taxas de efeitos especiais como Tron e Speed Race, escotilhas de onde Laura aparece e desaparece, e uma passarela triangular de 22 metros, contendo uma parte do público: um show de duas horas em cinco atos, cada um caracterizado por um estilo de música, uma cor e um figurino. "Eu quero mostrar tantas partes de mim e fazer um espetáculo muito versátil. Sou conhecida pelos meus singles pop, mas sempre tive diversas almas" conta.
Mostra também, pela primeira vez em sua carreira, a dançarina: "Eu gosto muito e me mantém em forma. No show cito também a batida com a mente da Carrà."

Ela começa com amarelo: o vestido infeliz, parece um Ferrero Rocher (os outros são melhores, todos de Cavalli) e assim vão todos os pop com "Benvenuto", o primeiro single do novo álbum, "inédito", e sucessos como "Io Canto" e "Resta in Ascolto".
A paixão tem a cor vermelha do piano que acompanha a estrela em "Bastava" e um medley de canções românticas. Com um toque Laura acende os figurinos das dançarinas para uma versão dance de "Surrender", que abre as portas da discoteca: um longo intervalo (que será inquietante para alguns) com Bruno Zucchetti, o tecladista, como DJ.

Uma cortina preta cai e a ponte é o lar de uma noite elegante para um acústico (um dos pontos mais altos do show), que volta ao início com "Incancellabile",«Strani amori» e «La solitudine».
Um desafio de tocar a guitarra entre o "novo" Nichola Oliva e Paolo Carta (parceiro de vida e diretor musical) abre a parte rock: as guitarras tornam-se seis, e até mesmo uma branca para Laura: "Estou tocando de verdade, mas o volume da minha guitarra é muito baixo", confessa. "Primavera in Anticipo" e "Non c'è" são as bombas: quanto mais músicas saem, mais a voz de Pausini fica na cabeça. Depois um vestido de jóias, que custou cerca de 50.000 euros, o bis: "La mia banda suona il rock", e o novo "Non ho mai smesso".

As mentes do show são Mark Balich, o italiano das Olimpíadas (no Brasil 2016), Mark Fisher, que desenhou palcos do Pink Floyd e U2 e Patrick Woodroffe, o Senhor das luzes dos Rolling Stones. Equipe global para a mais internacional (junto com Bocelli) de nossas estrelas agora também conquistam o continente da Web. Com 335 mil seguidores é a personalidade italiana mais seguida do Twitter. "Estou muito tempo em redes sociais assim eu decidi limitar o seu uso: somente o computador e nunca o telefone."

Texto Original: Andrea Laffranchi (Corriere)
Tradução: Thiago Freitas

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